O jornal britânico Financial Times não esconde ter algumas reservas com a eleição do embaixador brasileiro Roberto Azevêdo, baiano de Salvador,
para a direção da Organização Mundial do Comércio (OMC). Em editorial
publicado nesta quinta-feira (9), o jornal diz que, à primeira vista,
ter um brasileiro no comando da instituição “não parece promissor”
porque o Brasil tem adotado medidas no caminho do protecionismo e que,
diante disso, o diplomata precisa provar que é “dono de si”. Com o
título “Uma oportuna chance de reavivar o comércio mundial", o editorial
reconhece que a eleição de Azevêdo é “indubitavelmente” resultado de
uma ação diplomática mais forte do país. “Sob a presidência de Dilma
Rousseff, o gigante latino-americano continua a tentar construir uma
reputação como um mediador-chefe do mundo, colocando seus candidatos no
topo de organismos multilaterais”, diz o texto. Os elogios, porém,
terminam aí. “À primeira vista, a nomeação de um brasileiro no comando
da OMC não parece promissora. O Brasil não é um campeão de livre
comércio. O Mercosul, o pacto regional que o Brasil ajudou a criar, tem
falhado. Em 2011, o Brasil submeteu à OMC a retaliação contra os países
envolvidos em políticas monetárias afrouxadas - um passo protecionista”,
cita o texto. Informações da Agência Estado.
(Bahia Notícias)
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