A Polícia Civil começou a investigar a partir de terça-feira (07), uma denúncia feita ao Ministério Público por uma estudante de Agronomia de 22 anos que diz ter sido obrigada a colocar na boca testículos e pênis de boi durante trote na Universidade Estadual do Sudoeste (Uesb), campus de Vitória da Conquista. O caso ocorreu na última sexta-feira (03) e de acordo com depoimento da estudante ao Ministério Público, ela estava na segunda semana de aula do 1º semestre quando foi pressionada por colegas a participar do trote. Ainda de acordo com a estudante, os veteranos disseram que se ela não participasse, seria pior. Ela aceitou, mas teria dito que era "alérgica a tudo". A estudante que prefere não se identificar revelou que durante a “brincadeira”, ela e colegas foram colocados para andar de "elefantinho" (de mãos dadas uns com os outros e com as mãos passando por debaixo das pernas) e depois tiveram de pôr na boca testículos e pênis de boi. Alunos do 3º e do 4º semestre de Agronomia que aplicavam o trote, teriam dito que aquele órgão "nem era o de verdade". Para finalizar a garota conta que os veteranos prepararam um líquido que seria a mistura de "mata bicheira", produto usado em bovinos, e urina de animal, obrigando os calouros a fazer bochecho com o produto. Logo depois, a estudante começou a ter reações alérgicas e chegou a desmaiar, tendo sido levada para a enfermaria da universidade, onde teria recebido apenas café e biscoito, que ela nem conseguiu engolir porque teria começado a sair sangue da língua. A universidade reconheceu que o trote ocorreu e que o caso está sendo analisado internamente. A delegada responsável pelo caso, Tânia Silveira Santana Santos, disse que aguarda apenas a chegada do ofício do Ministério Público para abrir as investigações. A promotora Carla Medeiros, que ouviu o depoimento da estudante, qualificou o trote como "muito violento, podendo configurar lesão corporal". Desde setembro de 2008 os trotes são proibidos na Uesb. Seguranças da universidade disseram, porém, que a orientação é para que não se envolvam nas "brincadeiras" dos alunos.
(Informações do site Radar Notícias)
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