Relatório final do Orçamento prevê salário mínimo de R$ 674,96 em 2013
O relator-geral da proposta de Lei Orçamentária,
senador Romero Jucá (PMDB-RR), apresentou hoje (17) seu
parecer. O documento, segundo ele, recompõe
investimentos em setores considerados estratégico pelo
Executivo – como saúde e educação – que haviam sido
retirados da proposta nos relatores setoriais. Jucá
também informou que limitou em 5% o reajuste dos
servidores do Poder Judiciário para 2013. “Fizemos uma
ampliação nos investimentos porque as emendas de bancada
e individuais, mais a reconstituição de cortes que os
relatores setoriais haviam feito e eu recuperei,
melhoraram a situação de investimentos em áreas
estratégicas como saúde, educação, infraestrutura, o
enfrentamento da seca no Nordeste e a distribuição de
água”, explicou Jucá. Segundo ele, foram ampliados os
investimentos nos programas de aquisição de alimentos da
agricultura familiar e do Minha Casa, Minha Vida. “Todos
esses pontos tinham sido cortados nos relatórios
setoriais e restituí os valores originários, porque são
programas importantes que precisam ser mantidos”, frisou
o relator. Sobre o aumento do Judiciário, Romero Jucá
disse que não há “espaço fiscal” para conceder reajuste
acima de 5%, mesmo percentual dado aos servidores
públicos federais. “Analisamos a proposta que veio do
Judiciário, mas não havia espaço fiscal, recursos, para
ampliar as despesas permanentes de custeio. Portanto,
mantivemos o reajuste dos servidores públicos do
Executivo, Legislativo e do Judiciário em 5%, tratando
com igualdade todos os Poderes”, explicou. O relator
lembrou que, com o cálculo da reestimativa de receitas
do Projeto de Lei do Orçamento Geral da União, o salario
mínimo para 2013 será R$ 674,96 – R$ 4 a mais do que a
previsão enviada inicialmente. “Cumprimos a lei do
salário mínimo. Com a perspectiva da inflação ser maior,
tivemos que suplementar o valor do salário mínimo e ele
fica agora em R$ 674,96." De acordo com o presidente da
Comissão Mista de Orçamento (CMO), deputado Paulo
Pimenta (PT-RS), a ideia é aprovar a proposta amanhã
(18) na comissão e votar o texto no plenário do
Congresso na próxima quarta-feira (19). “Acredito que o
cronograma será mantido, os acordo políticos que foram
feitos estão encaminhados, e as questões a serem
debatidas poderão ser discutidas durante todo o dia de
amanhã [na comissão] para, na quarta-feira, ao meio-dia,
votarmos no plenário”, disse.
(Correio da Bahia)
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