IBGE: 54% das cidades baianas ignoram qualidade da
água
A qualidade da água distribuída para os cidadãos não é fiscalizada em 54% dos municípios baianos, segundo a Pesquisa de Informações Básicas Municipais, do IBGE. O estudo foi divulgado ontem, mas se refere a dados do ano passado. O percentual de cidades onde não há esse monitoramento na Bahia é superior ao índice nacional, que é de 47,8%. Ao todo, são 225 município no estado, incluindo Barreiras, Candeias, Cruz das Almas e Cachoeira. “Nem todos os muni cípios baianos são atendidos pela Embasa, muitos são atendidos por órgãos municipais. E esses são os mais problemáticos”, explica o coordenador de disseminação de informações do IBGE, Joilson Rodrigues de Souza. E se o saneamento no estado não vai bem, a qualificação dos funcionários públicos municipais também não. São pelo menos 10.396 analfabetos e semianalfabetos trabalhando em prefeituras, em empregos diretos (o que exclui funcionários informais e terceirizados). Se somados com os que têm até o nível fundamental, representam cerca de 20% do total de funcionários de prefeituras baianas. A maioria ocupa cargos modestos, mas tem até secretário de educação nesse bolo. Esse é o caso, por exemplo, dos municípios de Campo Alegre de Lourdes, Jaguaripe e Santa Rita de Cássia. “Essa situação tem muito a ver com o tamanho dos municípios. Muitas cidades pequenas contratam sem concurso público, apenas por proximidade política”, explica Joilson. E para quem argumentar que em cidades grandes, como Salvador, as nomeações também são feitas por proximidade política, o coordenador explica que, nesses casos, mesmo as pessoas próximas ao prefeito têm um maior nível cultural. “A oferta de gente qualificada é maior”, diz.
(Correio da Bahia)
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