Bebê morre dois dias após parto por falta de UTI neonatal na Bahia


Bebê morre dois dias após parto por falta de UTI neonatal na Bahia


Uma recém-nascida morreu com apenas dois dias de vida nesta segunda-feira (27) após sofrer complicações respiratórias decorrentes de parto pré-maturo realizado no hospital Antônio Teixeira Sobrinho, na cidade de Jacobina, no norte da Bahia. A família do bebê alega falha no atendimento médico. O hospital afirma que a morte foi provocada pela falta de vagas em UTIs neonatais no estado. Segundo as informações de familiares, Milane de Souza Araújo, a mãe, deu entrada no hospital municipal na sexta-feira (24) alegando contrações e perda de líquidos. A irmã, Magda de Souza Araújo, conta que a grávida teria ficado em observação no hospital e liberada cerca de cinco horas depois porque, apesar das fortes dores, os médicos informaram que "ela não estava no momento certo do parto e deveria fazer exame de ultrassom em clínica particular", segundo conta. Depois de ser feito o exame, Milane retornou ao hospital e foi novamente liberada para casa, diz a irmã. "Uma hora depois ela piorou, com mais dores e mais perda de líquido, quando retornamos novamente ao hospital. Aí foi quando resolveram internar ela e realizar o procedimento de parto", conta. A criança nasceu por volta da 11h do sábado (25). Segundo da informações da diretora do hospital, a médica Ana Carla, a bebê nasceu com problemas respiratórios e, por isso, seria necessária a remoção para uma UTI neonatal, unidade que, apesar de existir no local, "nunca foi ativada por falta de médicos", afirma". Ainda de acordo com a administradora da unidade hospitalar, foi feito o procedimento de regulação junto à Secretaria de Saúde do Estado para tentar encontrar vagas em algum outro hospital com UTI para recém-nascidos. Ana Carla relata que não foi encontrada a vaga e, por isso, a criança teria morrido. A diretora explicou que não há o aparelho de ultrassom no hospital. Os pacientes podem fazer o exame em clínicas particulares ou em outros hospitais públicos fora da cidade, caso ele não possa ser realizado pelo serviço de saúde do próprio município. O secretário de saúde do município, Robério Silva, solicitou ao hospital um documento com os esclarecimentos sobre a morte da criança. A diretora da unidade informa que o ofício não havia sido enviado até as 17h30 desta segunda-feira (27).

(G1)

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