Governo brasileiro desiste de importar médicos cubanos


 
O governo brasileiro desistiu de importar seis mil médicos cubanos ao país e deve lançar nesta semana um programa para atrair profissionais estrangeiros da Espanha e Portugal como nações "prioritárias". De acordo com reportagem do jornal Folha de S. Paulo, a mudança de planos não foi explicada nem pelo Ministério da Saúde e nem pelo Itamaraty, mas, há motivos para o recuo. Além da sensibilidade que envolve o regime comunista de Cuba – aliado do governo e do PT e alvo dos conservadores –, a causa principal é que as missões da ilha governada por Raul Castro são aclamadas pelo trabalho humanitário, como no Haiti, mas não escapam de críticas de ativistas de direitos humanos e trabalhistas na versão remunerada. No modelo usado na Venezuela, Cuba funciona como uma empresa terceirizada que fornece profissionais. O governo contratante paga a Havana pelos serviços e os médicos recebem só uma parte. Ainda assim, o programa é considerado atrativo para os profissionais, que ganham cerca de US$ 40 na ilha e, com ele, têm acesso a benefícios. A desistência do Brasil é um revés para Havana, que tem dito que o envio dos médicos ao exterior é sua maior fonte de divisas e deseja ampliá-lo. O Ministério da Saúde diz que não há restrições se médicos cubanos quiserem se inscrever individualmente no programa, mas estuda condicionar os portugueses e espanhóis como "prioritários".

(Informações do site Bahia Notícias)

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