Jornalistas são agredidos por polícia em noite de protestos em São Paulo



 

O quarto dia de protestos contra o aumento da tarifa do sistema público de transporte em São Paulo terminou 
em caos. Em noite marcada por violência policial, como ressaltado pelo próprio prefeito Fernando Haddad (PT), pelo menos 235 pessoas foram detidas e mais de 50 ficaram feridas. De acordo com o jornal Folha de São Paulo, 231 dos presos foram ouvidos e já foram liberados. Os demais estão presos sem possibilidade de fiança, acusados de formação de quadrilha. Milhares se reuniram na rua da Consolação para protestar e pressionar a prefeitura a negociar com os empresários do sistema de transporte uma solução para evitar o acréscimo de R$ 0,20 sobre cada tarifa. Desta vez, nem mesmo a imprensa escapou de se tornar vítima dos policiais militares e do batalhão de choque de São Paulo, que tinha ordens de impedir que os manifestantes chegassem e bloqueassem à avenida paulista. Somente a Folha registrou sete repórteres feridos, sendo dois deles porque receberam tiros de bala de borracha no rosto. Dentre eles está Giuliana Vallone, repórter da TV Folha, que foi atingida no olho e, segundo a jornalista Barbara Gancia, corre o risco de ter sua visão comprometida para sempre. A agressão contra Giuliana foi destaque hoje na capa do jornal. Na confusão, o repórter da Carta Capital, Piero Locatelli, foi detido pela Polícia Militar por portar vinagre. De acordo com a explicação do jornalista, a substância foi levada até o protesto para que ele a utilizasse caso fosse atingido por uma bomba de gás lacrimogênio. Apesar disso, ele foi preso. Segundo a polícia, ele foi detido para que a substância fosse investigada e se tivesse certeza de que era apenas vinagre.
Continue lendo no Correio 

(Informações do site Correio da Bahia)

Nenhum comentário:

Postar um comentário