A situação da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados não vai bem. Seu prestígio está em processo de queda, como demonstra o levantamento feito pelo líder do governo, Arlindo Chinaglia (nota abaixo no site), o que poderá levar o Palácio do Planalto a sofrer derrotas sequenciadas (como já tem acontecido) na Câmara. Segundo o líder, de 400 deputados da base aliada a presidente só conta com 150 parlamentares fiéis. É como se fosse uma presidente eleita pela oposição que tem a maioria contra ela. O que se passa? Dilma não consegue ser simpática aos deputados? Não tem uma ponte segura entre o outro lado da Praça dos Três Poderes? Os seus articuladores políticos não funcionam? O fato é que a presidente deve estar com indigestão política de tanto engolir sapos da sua base de apoio que está, visivelmente, descontente. Não é só no PMDB onde se observa uma rebelião. O problema está em quase todos os partidos que compõem a base de apoio. Em outros tempos, costumava-se dizer, como ditado político “que se pega mosca é com açucar, e não com vinagre”. As moscas da Câmara estão sendo servidas com vinagre. A situação leva à necessidade de a presidente pensar dez vezes antes de agir, antes de encaminhar projetos polêmicos para a Câmara dos Deputados. Não fica por aí as suas dificuldades. Como Lula, sabe lá ele a razão, precipitou a successão lançando a candidatura à reeleição de Dilma, ela pode estar pagando também por esta precipitação que se espraiou pelas unidades federativas, onde o processo sucessório, acompanhando o nacional, também se precipitou. Nada melhor para seus adversários, como Eduardo Campos, do PSB, Aécio Neves, do PSDB e Marina Silva, da Rede de Sustentabilidade. Os três oposicionistas juntos, como estão em processo de crescimento, poderão levar a decisão da eleição presidencial para o segundo turno e, no segundo turno, tudo é possível, inclusive a aliança dos três em torno do que ficar, para a disputa final, de sorte a derrotar a petista. A presidente vê, também, sua política econômica desabar, a inflação ascender, enfim, tem uma equipe econômica das piores, possivelmente com exceção do presidente do Banco Central. Os juros sobrem e descem, as medidas tomadas pela área também oscilam, movimento próprio de quem exerce a economia com experiências laboratoriais, sem saber ao certo para onde vai. Tenta acertar às cegas. Ruim para Dilma, pior para o Brasil, com menor visão no exterior, porque chega-se à conclusão de que o O País já não é mais aquele que se dizia que era: um emergente candidato a ser potência.
(Informações do site Bahia Notícias/ foto: google)
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