Rafael Costa
Estamos comemorando as bodas de Ouro da nossa querida Itanagra. Essa fase da nossa história ficará marcado para sempre, não como um período de grandes acontecimentos e de grandes transformações sócio-democráticas, mas como uma fase dramática e muito delicada, onde não existem grandes expectativas para os próximos anos que virão. Estamos como se estivéssemos estagnados no tempo após 50 anos de muitas histórias de vidas que aconteceram neste lugar. Eu fico triste quando olho as vias públicas e as praças, e ao envés de ver nossas criancinhas brincando felizes, vejo idosas e idosos correndo das boiadas, e as praças tomadas por porcos, bois, cavalos e outras espécies de animais. Quando olho e vejo tantos prédios abandonados em diversos pontos estratégicos e privilegiados da nossa cidade, como o mercado antigo, o antigo baneb, a igreja da entrada da cidade, o prédio onde funcionava a delegacia e a cantina, etc. Esses prédios dariam boas escolas, centros culturais e com um pouco mais de esforço, até mesmo o nosso tão sonhado hospital, pra não ficar dependendo de Mata de São João a vida inteira. Não queremos que Mata de São João se aposse de partes dos nossos territórios como assim vem fazendo ao longo do tempo, então poderíamos sondar mais as fronteiras do nosso município, ter mais responsabilidade por um território tão vasto e vistoso. Somos ricos, temos muitas riquezas naturais, temos terras férteis, não éramos pra estar dependendo de produtos trazidos por agricultores de Pojuca, de Araçás e de outras cidades cincuvizinhas, temos boa terra pra plantar e colher. Como um pouco de esforço, dá pra Itanagra sair desse atolamento. Pra que isso aconteça, não depende de um partido eleitoral, de um nome eleitoral, de um número eleitoral não, quem pode mudar essa realidade, esta drástica calamidade que tem se alastrado até aqui ao longo desses 50 anos somos nós cidadãos. Precisamos conquistar nossa independência, temos que olhar pra nós e nos vermos como pessoas crescidas e capazes, ao envés de se acostumar nessa dependência das cidades cincuvizinhas até mesmo pra comprar vestimentas, utensílios e outros materiais. Ninguém que tem espírito de investidor dinâmico investiria 1 centavo sequer numa sociedade falida, como expresso no CORREIO DA BAHIA do dia 17 de Março de 2012, onde somos citados como um dos municípios baianos candidatos a falência (http://www.correio24horas.com.br/noticias/detalhes/detalhes-1/artigo/90-das-cidades-baianas-estao-a-beira-da-falencia-aponta-ifgf/) . Será se ainda há tempo para fazermos o que viemos fazendo ao logo da nossa história? Será que não chegou o momento de pararmos e refletimos seriamente sobre isso? Ou vamos continuar simplesmente votando pra comer um fino prato enquanto outros estão “comendo rato”? Será que nossos filhos e netos não merecem ser criado em uma comunidade mais justa, mais humana e democrática? Ei! O que estamos fazendo? Um empresário não contrata funcionários sem saber ao certo qual a sua função, e, sobretudo suas habilidades, não é mesmo? Então, porque estamos tão acostumados adotar esse período pra gerar tão grande turbulência pra os nossos candidatos sair na frente na corrida eleitoral, e depois no dia seguinte da eleição as ruas ficarem vazias, e depois passa um dia, uma semana, um mês, um ano, quatro anos e voltar ao mesmo lugar onde tudo começou sem vantagem alguma? Não olhe o cargo ou a função que você ou algum dos seus parentes vão exercer durante a gestão do candidato, usando deste artifício para resumir Itanagra a você e seus familiares na hora de votar, tenha mais um pouco de Deus no coração e vote pelo bem comum de mais de dez mil habitantes que tem os direitos públicos como meio de subsistência.
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