Mãe desmaia e é amparada durante enterro do filho em Santa Maria

 

Nilda dos Santos Machado teve de ser amparada por amigos e familiares.
Carlos Alexandre é uma das 231 vítimas do incêndio na boate Kiss.

 
 

Dona Nilda desmaiou ao ver corpo do filho sendo enterrado em Santa Maria (Foto: Roberta Lemes/G1)Dona Nilda desmaiou ao ver corpo do filho sendo enterrado em Santa Maria (Foto: Roberta Lemes/G1)

A mãe de uma das 231 vítimas do incêndio que atingiu a boate Kiss durante uma festa universitária no domingo (28) desmaiou durante o enterro do filho nesta segunda-feira (28) no Cemitério Santa Rita de Cássia em Santa Maria, no Rio Grande do Sul.

Nilda dos Santos Machado teve de ser amparada por amigos e familiares. Ela foi colocada em uma cadeira e se recuperou depois de alguns minutos. O filho, Carlos Alexandre dos Santos Machado, tinha 26 anos e era formado em administração de empresas.
Dezenas de sepultamentos já ocorreram nos cemitérios desde o início da manhã em Santa Maria.

Incêndio

O incêndio começou por volta das 2h30 de domingo, durante a apresentação da banda Gurizada Fandangueira, que utilizou sinalizadores para uma espécie de show pirotécnico.
Segundo relatos de testemunhas, faíscas de um equipamento conhecido como "sputnik" atingiram a espuma do isolamento acústico, no teto da boate, dando início ao fogo, que se espalhou pelo estabelecimento em poucos minutos.
Dois sócios da boate e dois integrantes da banda foram presos nesta segunda.
Por meio dos seus advogados, a boate Kiss se pronunciou sobre a tragédia, classificando como "uma "fatalidade".

A festa "Agromerados" reunia estudantes da Universidade Federal de Santa Maria, dos cursos de pedagogia, agronomia, medicina veterinária, zootecnia e dois cursos técnicos.
A presidente Dilma Rousseff visitou Santa Maria no domingo e decretou luto oficial de três dias.
Pelo menos 101 das vítimas identificadas eram estudantes da Universidade Federal de Santa Maria, segundo informou a instituição em sua página na internet.

O comandante do Corpo de Bombeiros da região central do Rio Grande do Sul, tenente-coronel Moisés da Silva Fuch, disse que o alvará de funcionamento da boate estava vencido desde agosto do ano passado.

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