Petrobras lamenta morte de funcionário contaminado
por substância cancerígena
A Petrobras lamentou, através de nota, a morte do operário Enivaldo Santos Souza, técnico de operação da Refinaria Landulpho Alves (RLAM). O operário morreu nesta quinta-feira (18), no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, após dez meses de tratamento contra a leucemia. Segundo o Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro-Ba), Enivaldo desenvolveu a doença por conta de uma contaminação com benzeno. Segundo a nota, a Companhia declarou que está prestando todo o apoio aos familiares do empregado e se defende da acusação dizendo que "mantém um rigoroso monitoramento ocupacional e biológico dos seus trabalhadores, seguindo as orientações do Acordo Nacional do Benzeno". A empresa informou ainda que "todas as Unidades Operacionais da empresa encontram-se em conformidade com a legislação vigente e regulamentações nacionais, trabalhistas, previdenciárias e de segurança e saúde no trabalho, e com as melhores práticas internacionais de prevenção e promoção da saúde ocupacional". De acordo com Deyvid Bacelar, diretor de Segurança, Meio Ambiente e Saúde, a empresa atua de forma negligente com os funcionários por conta das condições das instalações da unidade. Segundo ele, os operários fazem a coleta de amostras, manobras em válvulas e equipamentos quem emanam vapores com agentes químicos cancerígenos. Pela manhã, os operário que foram trabalhar na refinaria foram impedidos de entrar na RLAM, que fica em Madre de Deus, na Região Metropolitana de Salvador. Um ato de protesto do Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro-Ba) bloqueou todas a entradas que dão acesso, através Trevo da Resistência, à unidade. O corpo do operário foi enterrado na Ordem 3ª do Carmo, na Baixa de Quintas.
(Correio da Bahia)
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