"Sinto que meu filho foi morto e jogado no matagal"
Tristeza, drama, violência, dor e drogas. Mais um capítulo de uma história que atinge milhares de famílias baianas foi compartilhado com os telespectadores do programa Se Liga Bocão.
Por volta das 13h desta quarta-feira (13), um depoimento chocante surpreendeu o apresentador Zé Eduardo e a população que se concentrou na Praça da Piedade - marcando o quadro social do programa no qual as pessoas pedem ajuda, na maioria das vezes, atendidas pela Record Bahia e pelos parceiros que visam a solidariedade.
Mas, nada foi tão forte e triste quanto o apelo de uma mãe que logo que teve acesso ao microfone, já foi chamando pelo filho. "Daniel meu filho, cadê você? Daniel apareça", clamou. "Preciso da carne e dos ossos dele. Quero enterrar meu filho", disse.
Foto: Reprodução// Record Bahia
O que parecia ser, infelizmente, mas um caso de desaparecimento, se configurou como uma realidade vivida por muitos e transmitida à muitas mães pela moradora da Avenida Suburbana e que se apresentou como sendo tímida e religiosa. Ela procura o filho de 22 anos, Daniel de Assis. "Ele sumiu dia 23 de maio na frente do Mercantil Rodrigues, na Cidade Baixa. Viram ele sendo jogado na mala de uma carro preto. Ele é viciado em crack", contou à repórter Liana Cardoso, que questionou: - "O que diz seu coração de mãe" ? -. "Sinto que meu filho foi morto e jogado no matagal".
Há cerca de um mês um outro apelo marcou o programa. 25 anos, usuário de drogas e primeiro contato com o vício aos nove anos. Esta é a realidade do jovem Pedro Vicente dos Santos Neto, morador do bairro de Cosme de Farias, em Salvador. "Eu não aguento mais. Estou desesperado. Sem emprego, não tenho como pagar uma clínica de desintoxicação para meu filho", disse o pai em apelo, Raimundo Azevedo dos Santos, de 56 anos.
De acordo com Raimundo, a agonia começou quando Pedro tinha apenas nove anos. "Foi algum traficante que ofereceu a ele a maconha pela primeira vez na frente do colégio estadual Luiz Viana Filho. De lá pra cá, são 14 anos de angústia e sofrimento", relatou.
De acordo com Raimundo, a agonia começou quando Pedro tinha apenas nove anos. "Foi algum traficante que ofereceu a ele a maconha pela primeira vez na frente do colégio estadual Luiz Viana Filho. De lá pra cá, são 14 anos de angústia e sofrimento", relatou.
Pedro Neto está preso desde o dia 4 de abril, na 1ª delegacia, desde que furtou um celular no centro da cidade. Raimundo contou ao apresentador Zé Eduardo - líder em audiência na Record Bahia com o programa Se Liga Bocão - que já internou o filho por 57 vezes. "Já o levei 14 vezes para o sanatório São Paulo, mais de 10 para o Juliano Moreira, oito para o Mário Leal, seis vezes para o antigo Ana Nery e diversas vezes ao Caps de Pernambués", disse, informando que o filho também apresenta problemas mentais.
O principal pedido de Raimundo é para que uma clínica receba o filho dele. "Não tenho como pagar. Somos apenas nós dois. Estou a ponto de me suicidar. Se ele sair ou ele morre ou eu mato ele. Está muito difícil", relatou, emocionado.
E Assim, como um grito preso na garganta e um sentimento que talvez ninguém possa mensurar, foi possível, através destes pais - ter acesso aquilo que parece ser algo só estatístico, mas que fere, choca e leva à reflexão.
Quem tiver interesse em ajudar ou informações sobre os casos basta entrar em contato com a redação da Record Bahia pelo telefone: (71) 3486-3096.
(Bocão News)
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